Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
INSIGHT AS A SERVICE (IAAS)
O que acham que é: O mesmo que outro IaaS, de Infrastructure as a Service.
O que realmente é: Insight as a Service, ou simplesmente IaaS, é uma função na nuvem que analisa os milhares ou milhões de dados gerados por um negócio, para depois transformá-los em informações e inteligência competitiva. Não é feita dentro de casa, mas por empresas provedoras do serviço.
Segundo Regina Cantele, coordenadora do MBA em Business Intelligence & Analytics da FIAP, após extrair dados (estruturados e não estruturados) das mais diferentes fontes, as provedoras de IaaS aplicam modelos analíticos para a obtenção de insights, até automatizar e colaborar com os serviços em uma plataforma flexível e escalável. “Essas organizações provedoras de serviços analíticos pré-empacotam a solução e disponibilizam um catálogo de serviços a serem consumidos.”
Assim como outros modelos “as a Service” — Software (SaaS), Platform (PaaS), Integration Platform (IPaas) etc. —, o IaaS permite que a empresa contratante compre apenas informações que considerar necessárias, utilizando inclusive um modelo de contratação por assinatura.
Contexto: Em termos de tecnologia, o IaaS está diretamente ligado à inteligência artificial, já que dados são o combustível da IA. Disto depreende-se o envolvimento de outras tecnologias como machine learning, deep learning e autoML.
Em relação ao mercado está a necessidade de que o cliente tenha a melhor experiência possível com o produto ou serviço adquirido. Com isso, os negócios se desdobram para que as ofertas sejam super personalizadas e o contato com o consumidor o mais pessoal possível.
Boom: O IaaS é uma forte tendência atualmente e é fácil entender o porquê. Por um lado, há usuários/consumidores fornecendo deliberadamente informações sobre si mesmo (gostos, práticas, preferências, profissão, geolocalização e por aí vai) por outro, empresas criam artifícios cada vez mais elaborados e com apelo inocente (quem se lembra do aplicativo que envelhecia a imagem de uma pessoa com perfeição?) para reconhecimento fácil. Mas dados, por si só, não valem nada. Toneladas deles são, no mínimo, um problema de espaço.
É isso que justifica o tamanho desse mercado, avaliado em bilhões de dólares. Até 2021, data estipulada por um relatório da MarketsandMarkets, esse segmento valerá 3,3 bilhões de dólares. Em 2016, esse número era de 1,16 bilhões de dólares.
Do lixo ao luxo: O trabalho do IaaS, no início, é “braçal”: descobrir (e eliminar) informações duplicadas, irrelevantes e incompletas, algo como separar o joio do trigo.
Nos passos seguintes, entra o trabalho de inteligência propriamente dito que envolve responder perguntas sobre os desejos e as necessidades do negócio. É a partir disso que os dados são direcionados e a estratégia é montada.
Para Cantele, o IaaS permite que a empresa contratante redesenhe seus processos de negócios para inseri-los em seu ambiente. “Os insights permitem que se aprimore, acelere e sofistique todas as decisões que precisem ser tomadas.”
Para saber mais:
1) Leia, no InfoWorld, Insights-as-a-service: Giving companies a fast lane to data-driven action.
2) Leia, no InformationWeek, 8 Reasons To Consider Insights-As-A-Service.