“Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos”. A frase, atribuída ao cineasta estadunidense Orson Welles (1915-1985), parece encerrar uma verdade definitiva sobre a condição humana. Mas ainda que a solidão permeie nossas vidas, é na interação que encontramos propósito, aprendemos e evoluímos.
Somos, afinal, seres sociais. Quando privados da possibilidade de troca, tanto a nossa saúde mental quanto a física podem sofrer abalos.
É preciso fazer uma ressalva: uma coisa é a solitude – o prazer, em certos momentos, pela própria companhia. Outra, bem diferente, é a “sensação subjetiva e desconfortável que resulta das deficiências que percebemos em nossas relações”. Essa é a definição de solidão, segundo Letitia Anne Peplau e Daniel Perlman, autores do estudo Toward a Social Psychology of Loneliness.
A pandemia da Covid-19 acirrou o isolamento e trouxe à tona o termo “epidemia da solidão”. Porém, há décadas a sociedade vivencia essa questão de forma mais aguda, por conta de mudanças nos padrões familiares, da urbanização e devido ao próprio desenvolvimento da tecnologia – que, ao mesmo tempo que conecta, aparta.
O tema despertou preocupação a ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter criado no fim de 2023 uma Comissão Internacional para Conexão Social. O mercado, por sua vez, há tempos está de olho em soluções para apaziguar esse sentimento e, claro, lucrar com a Economia da Solidão.
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