O Índice de Satisfação Geral (ISG), como o próprio nome revela, é um indicador que avalia, por meio de pesquisas com colaboradores de uma empresa, qual é o grau de satisfação deles com o ambiente e as condições de trabalho.
Mas não confunda: a semelhança fonética do ISG com a sigla ESG, tão abordada por este Glossário, é mero acaso, embora não pareça.
É que as duas siglas guardam ainda outra semelhança: enquanto o ESG se ocupa de questões de responsabilidade socioambiental e de governança fundamentais para regular o clima do planeta, o ISG também atua com o clima, só que com o clima organizacional.
Uma das virtudes do ISG é que o resultado da metodologia é sempre um valor percentual único. Ele pode tanto ser referente ao negócio como um todo quanto aplicado a departamentos, unidades e aspectos específicos da organização.
Essa padronização no formato dos resultados facilita a comparação entre áreas de uma empresa. Além disso, o ISG ajuda a decidir sobre como abordar setores ou dimensões do trabalho em que o ISG esteja aquém da média ou dos objetivos corporativos.
O conceito já existe desde 2003. Originalmente, o ISG foi proposto numa dissertação de mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense (UFF), de autoria de Ricardo Silveira Luz.
O autor define clima organizacional da seguinte maneira:
“O reflexo do estado de ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários de uma empresa, num dado momento.”
Em busca de mensurar este “estado de ânimo ou grau de satisfação”, Luz aponta a pesquisa de clima como a maneira formal de avaliar o clima organizacional de uma corporação e propõe que essa coleta de informações seja capaz de abordar até 34 dimensões – citaremos apenas algumas a seguir:
– Salário;
– Benefícios;
– Liderança/gestão;
– Comunicação;
– Relacionamento interpessoal;
– Valorização/reconhecimento;
– Trabalho em equipe;
– Planejamento/organização;
– Motivação;
– Progresso profissional
…
Com esses e outros parâmetros coletados via pesquisa de clima com os colaboradores, Luz sugere a formulação de um número único que reflete o clima organizacional, intitulado de Índice de Satisfação Geral (ISG). A conta é simples: a média aritmética dos percentuais de satisfação dos colaboradores em todas as dimensões pesquisadas.
O próprio autor do método esclarece, contudo, que um ISG alto não significa que os colaboradores estejam satisfeitos em relação a todas as dimensões da pesquisa. É possível ter um ISG alto considerando a empresa como um todo e ter uma ou mais dimensões apresentando percentual de satisfação acentuadamente abaixo da média.
Desde a criação da metodologia, outros pesquisadores propuseram ajustes e atualizações na maneira de coletar e processar os dados. A ideia é manter o ISG relevante, entregando resultados mais precisos e seguindo como ferramenta para identificar pontos de melhoria no clima organizacional.
Em 2014, alunos de graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) propuseram, em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), uma atualização metodológica que aumentasse a precisão do ISG. Além disso, estabeleceram uma nova métrica, chamada ISGM (Índice de Satisfação Geral Mínimo).
Essa novidade, de acordo com os autores, facilita a identificação da ordem de priorização das dimensões do clima organizacional. Isso é fundamental para apontar aquelas com maiores necessidades de melhorias e intervenções, facilitando as tomadas de decisão dos gestores.
Marina Sierra Camargo levava baldes no porta-malas para coletar e compostar em casa o lixo dos colegas. Hoje, ela e Adriano Sgarbi tocam a Planta Feliz, que produz adubo a partir dos resíduos gerados por famílias e empresas.
Em vez de rios canalizados que transbordam a cada enchente, por que não parques alagáveis? Saiba como José Bueno e Luiz de Campos Jr., do projeto Rios e Ruas, querem despertar a consciência ambiental e uma nova visão de cidade.