Ao longo de 2023, não faltaram no Draft histórias de pessoas que buscam gerar impacto social positivo e transformar o mundo ao seu redor.
São reportagens e entrevistas que falam, acima de tudo, de propósito. Essa palavra pode parecer batida, mas é o conceito que move a inovação dos empreendedores sociais.
Conheça a seguir dez negócios que foram destaques no Draft neste ano:
Ser mulher é ter que lidar desde cedo com o assédio, por mais triste e absurdo que isso seja. Mas e se um pingente pudesse ajuda o público feminino em situações de perigo? Isso é o que promete o BIJU, acessório da Têssa, negócio fundado pelas amigas Juliana Ladeira (na foto, no alto) e Carolina Campos.
O pingente funciona como um botão de emergência, emitindo alertas para cinco contatos próximos pré-selecionados pela usuária caso ela se perceba em uma situação de risco. Entenda melhor como o dispositivo da Têssa funciona na reportagem publicada em janeiro de 2023.
Você já sentiu vontade de compostar o lixo orgânico em casa, mas ficou desanimado com a ideia de lidar com minhocas ou com receio do mau cheiro pelo armazenamento incorreto do material? Para resolver esta questão, o italiano Andrea Lehner fundou a Realixo, que oferece um serviço de coleta seletiva para residências de São Paulo com foco nos resíduos orgânicos e recicláveis.
Para o primeiro tipo, a empresa entrega aos clientes um baldinho vedado em que eles depositam restos de alimentos em geral, folhas, cascas de ovo, sementes, ossos, filtros de café usados etc. Quer saber mais sobre este serviço? Leia a reportagem publicada em janeiro de 2023.
Peixe por assinatura? Bryan Renan Müller queria empoderar comunidades pesqueiras do litoral do Paraná e mudar a lógica do consumo de pescado e frutos do mar no Brasil, que hoje é baixa, cerca de 9 quilos por pessoa ao ano ante 20,5 quilos da média mundial.
Para cumprir com esses dois objetivo, ele idealizou o Olha o Peixe, negócio que também tem um pilar ambiental, pois não comercializa espécies ameaçadas e tampouco aquelas em período de reprodução. Além disso, as embalagens são compostáveis, fabricadas pela Oeko Bioplásticos, com resíduo de mandioca e milho.
(Bateu uma vontade de comer um peixinho? Leia a reportagem sobre a empresa publicada em fevereiro de 2023.)
Se empreender já é difícil, fazer isso juntando ciência e jornalismo é um desafio ainda maior. Mas foi esse o caminho que Ana Paula Morales e Sabine Righetti escolheram ao fundar a Agência Bori. A plataforma conecta a mídia a cientistas com o objetivo de ajudar os profissionais da imprensa a traduzir para o público, de forma clara, temas relevantes na área.
O nome do negócio é uma homenagem à cientista Carolina Bori, primeira presidente mulher da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), falecida em 2004. Descubra o impacto da plataforma nas áreas de pesquisa e mídia brasileira na entrevista publicada em março de 2023.
A saúde mental da mulher ainda é muito negligenciada em nossa sociedade. Termos como bropriating, gaslighting, manterrupting e mansplaining exemplificam um pouco essa realidade.
Foi para transformar este cenário que Mayhumi Kitagawa resolveu criar a primeira plataforma de saúde mental exclusiva para o público feminino, que é atendido por psicólogas com formação especializada para cuidar de outras mulheres. Além do serviço de psicologia feminista, outro diferencial do negócio é oferecer um plano social, com consultas a preços acessíveis.
(Se interessou? Leia a reportagem sobre o negócio publicada em maio de 2023.)
Se você recebe suas correspondências e encomendas sem enfrentar grandes problemas, pode achar que é assim que este serviço funciona para a maioria dos brasileiros. Mas, na verdade, não é bem assim.
Milhões de pessoas vivem em endereços sem CEP e/ou em locais aonde os Correios não chegam e precisam dar um jeitinho, pedindo para o envio ser feito no de trabalhou ou no endereço de amigos, por exemplo.
Sanderson Pajeú cresceu na periferia de Itaim Paulista, bairro localizado na Zona Norte de São Paulo, e viveu na pele esta experiência. Em junho de 2023, contamos como Sanderson, hoje à frente da naPorta, ajuda a entregar mais do que encomendas, mas também dignidade a quem mora em áreas de difícil acesso, como favelas ou zonas rurais.
Projetos de inclusão de crianças com autismo são importantes, mas e quando elas crescem? A aTip foca na inclusão de adultos com TEA no mercado de trabalho. O negócio foi fundado por Caio Borgos, que buscava criar algo com propósito quando ainda estava na faculdade de Sistemas de Informação.
Ao participar de um hackathon, cujo mote era criar projetos inovadores para impactar a comunidade autista, Caio desenvolveu a primeira versão do negócio. Para a sua surpresa, quatro anos mais tarde, o empreendedor descobriu que também fazia parte desta parcela da população com autismo. Acesse a reportagem de julho de 2023.
Já pensou usar uma bolsa ou acessório feito de couro de peixe? Esta é a matéria-prima desenvolvida pela Yara, que quer tornar o couro made in Amazônia conhecido aqui e no mundo todo. A startup coleta e transforma o resíduo da pele do peixe em um produto autêntico, tecnológico e necessário para o desenvolvimento sustentável global (hoje, o descarte incorreto da pele dos peixes durante a pesca gera problemas ambientais na Amazônia).
A Yara ainda está estruturando sua operação: os primeiros produtos (o próprio couro; a bolsa da foto acima é um protótipo) foram feitos de forma artesanal, em parceria com escolas e indústrias da região. Mas o negócio deve ganhar escala logo com a ajuda de um aporte de 2 milhões de reais. Entenda o processo de criação desse couro sustentável na reportagem de setembro de 2023.
Durante muito tempo, discussões relacionadas à temática LGBTQIAPN+ foram apagadas e silenciadas, principalmente em grandes empresas. Na contramão do que parece ser norma neste ambiente, Hóttmar Loch construiu uma trajetória que vem sendo pautada pela preocupação e gestão do bem-estar dessa população no mundo corporativo.
Hóttmar é cofundador da Nohs Somos, startup que busca aproximar e mapear lugares amigáveis à comunidade LGBTI+ e auxiliar as empresas a aprimorarem sua gestão inclusiva com D&I. Conheça, na reportagem publicada em outubro de 2023, projetos da startup, como o Bar de Respeito, plataforma desenvolvido em parceria com a Ambev que indica bares com recomendações positivas quando se trata da segurança da comunidade.
Um nerd da favela. É assim que João Souza se define. Nascido e criado no Morro das Pedras, aglomerado formado por sete vilas na região oeste de Belo Horizonte, ele é o cofundador da FA.VELA, organização da sociedade civil que tua como uma aceleradora de negócios periféricos por meio de cursos de letramento digital e empreendedorismo.
Além disso, a ONG possui sete projetos, desde educação digital para jovens e oferta gratuita de ingressos para eventos culturais, até a entrega de cartões alimentação e distribuição de livros em Belo Horizonte. Conheça sua visão sobre empreendedorismo periférico no Brasil na reportagem de dezembro de 2023.
Marina Sierra Camargo levava baldes no porta-malas para coletar e compostar em casa o lixo dos colegas. Hoje, ela e Adriano Sgarbi tocam a Planta Feliz, que produz adubo a partir dos resíduos gerados por famílias e empresas.
Na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, uma centenária colônia de pesca se reinventou através da moda sustentável. Saiba como as Redeiras reaproveitam os resíduos da atividade pesqueira para criar bolsas, carteiras e colares artesanais.
Em vez de rios canalizados que transbordam a cada enchente, por que não parques alagáveis? Saiba como José Bueno e Luiz de Campos Jr., do projeto Rios e Ruas, querem despertar a consciência ambiental e uma nova visão de cidade.