Nome:
+abelhas.
O que faz:
É uma startup socioambiental especializada na venda de colmeias para abelhas sem ferrão e hotéis para abelhas solitárias com o objetivo principal de ajudar na conservação desses polinizadores em áreas urbanas.
Que problema resolve:
Melhora o design e a estética das caixas usadas para a criação de abelhas sem ferrão, que historicamente se dá com o uso de material rústico, sem padrão e com baixa qualidade. De acordo com os fundadores, a caixa da startup ainda tem apelo decorativo e de paisagismo.
O que a torna especial:
Ainda segundo os fundadores, o que torna os produtos da +abelhas especiais é serem pensadas para o público urbano, diferente do que existe hoje no mercado. “Nossa colmeia permite uma ótima produção de mel enquanto preserva uma estética atraente e sofisticada para agradar ao gosto desse público mais exigente.”
Modelo de negócio:
Os produtos ainda estão em fase de teste em campo, mas estes protótipos já estão sendo vendidos. O modelo de negócio será baseada na venda B2B, especialmente. Os clientes poderão adquirir essas colmeias de pelo menos quatro formas: uso como caixa-isca para atrair enxames silvestres; uso para instalar seu primeiro enxame; uso para instalar enxames em caixas velhas e rústicas pelas novas; e divisão de colônias-matrizes em mãe e filha. Nesse último caso, de acordo com os fundadores, isso é uma prática comum para aumentar o plantel de abelhas sem gastar com novo enxame, o que torna uma venda recorrente para a empresa comercializar novas unidades da colmeia.
Fundação:
Março de 2019.
Sócios:
Betina Blochtein — sócia-fundadora e CEO
Charles Fernando dos Santos — sócio-fundador e CTO
Jenifer Dias Ramos — sócia e CFO
Fundadores:
Betina Blochtein — 61 anos, Cruz Alta (RS) — é doutora em Ciências Biológicas pela Universidade de Tubingen. Atua há mais de 25 anos como professora titular nos cursos de graduação e pós-graduação da PUCRS. Assumiu cargos administrativos nessa universidade e fez diversas colaborações com o setor público. Sua principal linha de pesquisa é a Ecologia de Abelhas.
Charles Fernando dos Santos — 42 anos, Campinas (SP) — é doutor em Zoologia pela USP, com três pós-doutorados na PUCRS. Foi professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua principal linha de pesquisa é o Comportamento e a Diversidade de Abelhas, além de análises estatísticas em ecologia usando linguagem de programação R.
Jenifer Dias Ramos — 32 anos, Porto Alegre (RS) — é doutora em Ecologia e Evolução da Biodiversidade pela PUCRS. Também é formada em Políticas Públicas. Sua principal linha de pesquisa é a Ecotoxicologia de Abelhas.
Como surgiu:
A ideia surgiu a partir da mortandade e o declínio mundial das populações de abelhas. “Isso nos fez refletir que, como pesquisadores e especialistas nessa áreas, deveríamos tomar alguma medida para tentar contornar essa situação. Assim, ao dar a possibilidade das pessoas criarem abelhas em residências, nós colaboramos para a conscientização ambiental, desmistificamos o medo de abelhas e contribuímos para a conservação desses insetos, favorecendo a polinização (reprodução) das plantas”, diz Betina.
Estágio atual:
A +abelhas está sediada dentro do Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). As vendas são feitas via e-commerce. Até o momento a empresa já comercializou 74 colmeias com abelhas, 14 colmeias sem abelhas, 21 nichos para abrigar colmeias, 45 hotéis para abelhas solitárias, além de algumas consultorias ambientais.
Aceleração:
Não teve.
Investimento recebido:
A startup recebeu financiamento de agências públicas de fomento, como Fapergs e Sebrae. Até o momento foram três aportes: 150 mil reais, 200 mil (em andamento) e 30 mil reais (em vias de início).
Necessidade de investimento:
“Estamos frequentemente buscando novos aportes pois temos produtos e serviços complementares ao principal — a colmeia. Por exemplo, queremos desenvolver novos modelos de colmeias e embarcar sensores de monitoramento remoto e não-invasivo dos enxames. Para isso, necessitaríamos de aportes em torno de 200 a 300 mil reais. Também estamos trabalhando a ideia de uma plataforma digital para o setor apícola concentrar a venda de seus produtos e que possam fazer gestão financeira das transações. Para este serviço, necessitaríamos de um aporte de 100 a 150 mil reais”, conta Charles.
Mercado e concorrentes:
“A criação de abelhas sem ferrão vem se popularizando nas cidades, algo já comum em áreas rurais. Com a maior conscientização das pessoas que vivem em metrópoles, projetos urbanísticos e paisagísticos estão remodelando as cidades com propostas como hortas urbanas, telhados verdes e jardins verticais. Logo, essas iniciativas sustentáveis colaboram para um ambiente propício à criação, também urbana, de abelhas sem ferrão. Além disso, nosso produto terá potencial de exportação pois em outros países da América Latina, África e Austrália, esta criação já é uma prática comum. Logo, nossas colmeias poderão ser usadas pelas pessoas locais para abrigar seus enxames nativos. Portanto, estamos falando de um mercado muito grande e promissor”, diz Betina. Ela afirma que os concorrentes indiretos são os próprios criadores rurais que fazem colmeias rústicas de madeira. Já como direto, cita as empresas Morada das Abelhas e Colmeia Airetama.
Maiores desafios:
“O principal desafio será a venda em todo o território nacional, ou seja, a logística — como transportar, distribuir, quais parceiros regionais estabelecer etc.”, diz Charles.
Faturamento:
Não informado.
Previsão de break-even:
Em um ano e meio.
Visão de futuro:
“Queremos ser uma das melhores e maiores empresas do setor apícola voltada à venda de produtos e serviços que atendam de forma ampla o público urbano e rural para que possam criar e manejar abelhas, independente da finalidade, de forma prática, simples e agradável”, conta Betina.
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A startup ajuda empresas a reduzirem suas emissões de CO2 ao oferecer incentivos para os colaboradores se locomoverem de forma menos poluente, seja fazendo uma caminhada, usando bikes, veículos elétricos ou transporte público.