O que cabe dentro de uma panela? Bom, na convencional, é até difícil dizer. Se for Panela, com “P” maiúsculo, como é chamada a plataforma de inovação aberta e incubadora de novos negócios da Nestlé, estão presentes disrupção, cases de sucesso e experiências transformadoras.
A primeira iniciativa aconteceu em 2021 mas, muito antes da plataforma ser lançada, a empresa suíça já movimentava parcerias com o ecossistema de inovação. Tanto que, desde 2016, a empresa já mapeou 2.581 startups, se conectou com 445 delas, desenvolveu 194 projetos pilotos e implementou 60 projetos em escala.
Vale lembrar que a Nestlé, que está há mais de um século no mercado e pode ser encontrada em 99% dos lares brasileiros, foi considerada a empresa mais inovadora do Brasil, no ano passado, pelo Valor Econômico.
Um dos ingredientes fundamentais da receita de sucesso do programa Panela é a adesão de quem trabalha na companhia ao propósito de inovar.
Os sponsors, líderes dos desafios de inovação aberta, acompanham todo o processo — muitas vezes, desde a concepção — e têm grande papel, junto ao time da Innoscience, consultoria de inovação corporativa, para que as ideias se transformem em projetos tangíveis e escaláveis.
A nutricionista Thaís Tomé participou como sponsor de um dos desafios do Panela logo no lançamento. Ela garante: acumulou muito aprendizado com a função, que considera transformadora.
Quem associa a Nestlé aos deliciosos chocolates como Baton e Prestígio e ao versátil leite condensado Moça talvez não saiba, mas a companhia também trabalha com produtos voltados para nutrição médica, que ajudam a complementar e melhorar a condição nutricional das pessoas.
Sendo assim, as equipes de saúde são um público com o qual a Nestlé interage diretamente, impactando os pacientes e suas famílias com a ajuda destes profissionais.
Thaís Tomé, que trabalha há cinco anos na companhia e hoje é gerente de Marketing Científico e Negócios Médicos, encarou a missão de ser sponsor de um desafio na primeira onda do Panela, intitulado “Ferramenta para apoio familiar sobre a saúde infantil”.
Apesar da sua área se relacionar à inovação de produto, Thaís nunca havia participado de um programa como o Panela, criado especialmente para viabilizar a disrupção.
“A dor que deu origem a esse desafio é a preocupação das famílias com algumas questões dos bebês, mas também a dor de profissionais de saúde que fazem o atendimento e são acionados”, explica.
No início da vida de uma criança é comum que os responsáveis acionem mais vezes os médicos e profissionais da saúde, para garantirem o bem-estar do bebê. Sendo assim, o que a Nestlé buscava era otimizar este atendimento por meio da tecnologia, através de uma dinâmica na qual o profissional teria acesso a imagens, áudios e vídeos para uma análise prévia, facilitando assim a agilidade do atendimento.
Após um processo de seleção com 19 startups avaliadas, a Pickcells, que usa Inteligência Artificial para dar suporte ao diagnóstico, foi a escolhida para o piloto.
Para Thaís, aprender a fazer escolhas entre caminhos possíveis entendendo que inovação requer lapidar as soluções foi um dos principais aprendizados.
“É preciso avaliar o potencial da startup para se conectar porque dificilmente a solução virá pronta. No nosso caso, precisamos decidir entre dois caminhos: o do conhecimento mais maduro na tecnologia de Inteligência Artificial ou relacionado à parte científica”
O piloto referente ao desafio obteve sucesso e, no mês de abril, a solução entrou na fase de rollout, na qual será escalada. “Vale destacar que o relacionamento com a startup foi maravilhoso, realmente nos sentimos parte de um grande time”, diz.
Para tocar um projeto direcionado a resolver uma dor, várias áreas de uma empresa precisam ser acionadas porque são, na maioria das vezes, complementares.
Com a Nestlé, não foi diferente. Thaís afirma que o engajamento da companhia e a integração entre as áreas foram dois fatores decisivos para o sucesso do projeto.
“Desde o início, muitas áreas precisam ser acionadas para viabilizar uma solução para não correr o risco de falta de alinhamento quando o processo já está avançado”, defende. Ela também menciona que o apoio dos gestores da Nestlé foi essencial. “Acreditaram e entenderam”, comenta.
O “efeito Panela” é exponencial:
“Com essa cultura de inovação disseminada, não precisamos esperar uma nova edição do Panela para pensar em novas ideias. Passa a compor o dia a dia do trabalho”
Feliz com a experiência positiva, Thaís diz que toparia participar de novas ondas do Panela. “É incrível a oportunidade de poder testar rápido, errar rápido e desenvolver”, finaliza.
Para Júlia Mariné, Head de Projeto de Inovação da Innoscience que acompanha a Nestlé e o Panela desde o final de 2021, o engajamento dos sponsors nos desafios é decisivo para o sucesso dos pilotos:
“O sponsor é fundamental para que o experimento ganhe tração e seja executado como prioridade na área. É ele quem conhece o desafio e quem guia e motiva o time em busca dos melhores resultados para o projeto e para a companhia. No caso Nestlé, ainda apoia na disseminação do Panela como canal de inovação na empresa”
Ela destaca que quem topa a experiência de estar à frente de desafios em um programa de inovação aberta desenvolve grandes habilidades no processo junto às startups, como conhecimento aprofundado em metodologias ágeis e de inovação, aproximação e relacionamento com startups, novas formas de pensar e atuar no dia a dia, capacidade de estruturar e executar projetos piloto, entre outras.
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